segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Texto retirado da Apostila volume 4, páginas 7 e 8

Para oprimir e submeter, especialmente os negros, o racismo no Brasil não necessitou de regras formais de descriminação, de desigualdade e de preconceito racial. O racismo como ideologia emprega e se alimenta de praticas sutis, de nuances e de representações que não precisam de um sistema rígido e formalizado de discriminação. Ao contrario das experiências norte-americana ou sul-africana que estabeleceram regras claras de ascendência mínima para definir seus grupos sociais, nas quais, por exemplo, uma gota de sangue negro era mais suficiente para macular a suposta pureza racial dos brancos. As formas de  classificação racial e a eficácia do racismo no Brasil nutriram-se sempre das formas mais maleáveis, mais flexíveis para atingir suas vitimas, porem essas sutilezas não deixam de ser igualmente perversas e nocivas para os indivíduos e coletividades atingidos.

De qualquer forma essa sutileza, que informa o tipo de racismo presente no Brasil, segue de mãos dadas com as premissas de ideológica ‘democracia racial’ que pretende afirmar e defender a inexistência do racismo, precisamente por que no país não há posições ou locais sociais que negros não possam ocupar. Não há cargo, posto de trabalho, lugar, emprego, profissão etc. em que os negros não possam competir. Todavia, basta uma breve observação na paisagem social para se verificar que a democracia racial ainda não chegou para os negros. Eles são minoria nas posições de maior reconhecimento, nas profissões melhor remuneradas, nos segmentos de melhor renda etc. Especialmente a mulher negra, que ocupa uma posição social extremamente desvantajosa quando comparada com o conjunto da população branca no país. Frequentemente ela exerce atividades de menor reconhecimento social, menor retorno salarial e de menor exigência de qualificação.

Para transformar essa situação, tão comum na paisagem social do Brasil torna-se necessário a adoção de amplas políticas públicas que busquem minimizar as brutais desigualdades de renda, escolaridade, emprego moradia, saúde etc. que afetam mais diretamente os negros. O que sugere uma substantiva transformação do desenho e da execução das políticas pelo Estado. Transformação que garanta efetivamente á maioria da população, especialmente aquela afrodescendente, o acesso aos elementares direitos de cidadania. Por exemplo, a ampliação das oportunidades de ensino deve vir acompanhada de mecanismo de manutenção dos estudantes nas instituições de ensino.

Pelo que se disse, reconhece a existência e a eficácia da forma de racismo praticada no Brasil significa lutar para alcançar para a minoria da população brasileira, e para a população afrodescendente, em especial, o reconhecimento social de serem sujeitos portadores de direitos e igual dignidade humana. Reconhecimento que o racismo e a tão decantada, mais jamais praticada, democracia racial brasileira, insistem, sobretudo, em negar aos negros brasileiros.




“Enquanto a cor da pele for mais importante que o brilho dos olhos, haverá guerra.”
Bob Marley



domingo, 28 de novembro de 2010

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Uma vídeo mais calmo.



Agora pro pessoal que gosta de mais críticas, ignorem os palavrões, afinal, cada um tem sua maneira de se expressar!

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A maior covardia é deixa uma criança ser alvo de uma discriminação como essa!
Como podemos negar uma situação como essa?

Por que será que valorizamos feriados que talvez nem fosse tão importante, e menosprezamos feriados que nem faz parte de nossa cultura e que foi expandido sem nenhuma luta! 

Todos sabemos que isso em nenhum momento é verdade!!


RACISMO AINDA PERSISTE

Racismo, no Dicionário Aurélio, significa: “Uma doutrina que sustenta a superioridade de certas raças. Preconceito ou discriminação em relação a indivíduo considerado de outra raça”. Portanto, partindo deste conceito, podemos constatar que o racismo é a representação de uma desigualdade étnico-racial que atinge o Brasil de forma vergonhosa e assustadora desde o período colonial. A raça negra foi cruelmente massacrada, humilhada e escravizada com base no racismo. Os livros de história contam detalhadamente os episódios de sofrimento e servidão deste povo, mas não expõem a história da África e do povo negro antes da escravidão. Existe uma grande lacuna a este respeito. Os livros didáticos, na sua grande maioria, dão maior ênfase aos episódios de humilhação e dor ocorridos com os negros no Brasil, mas não relatam as conquistas e como era a vida deste povo, quando em liberdade na África. Vale lembrar que, deste continente, surgiram grandes civilizações. A história desta raça, suas origens, cultura e antepassados, merecem respeito e atenção.A criança negra, na escola, só tem acesso à história de seus antepassados como um povo escravo, humilhado e inferior. Então, é compreensível que queira esconder ou anular suas origens e sua cor. Os colegas de classe dessa criança, pertencentes a outras raças, aprenderão o mesmo conteúdo racista, desencadeando todo um processo de preconceito étnico e racial. Em algumas situações específicas, quando ocorre maior atenção e cuidado familiar, baseados no respeito e igualdade racial, o racismo não vai vigorar, pois a formação familiar, se adequada, contribui de forma valorosa no caráter e moral do ser, sendo uma aliada contra esta má cultura imposta pela educação.As escolas ensinam que os negros foram escravos e que, no dia 13 de maio de 1888, a princesa Isabel do Brasil e o conselheiro Rodrigo Augusto da Silva assinaram a Lei Áurea extinguindo assim, a escravidão no Brasil. Mas, a abolição não ocorreu efetivamente, pois, ainda hoje, o negro é visto como subalterno e de raça inferior. E, a principal semeadora desta cultura preconceituosa, é a educação.


Isso lhe parece diferente?

Filosofia e Racismo

O racismo é um preconceito contra um “grupo racial”, geralmente diferente daquele a que pertence o sujeito, e, como tal, é uma atitude subjetivo gerada por uma sequência de mecanismos sociais.

Um grupo social dominante, seja em aspectos econômicos ou numéricos, sente a necessidade de se distanciar de outro grupo que, por razões históricas, possui tradições ou comportamentos diferentes. A partir daí, esse grupo dominante constrói um mito sobre o outro grupo, que pode ser relacionado à crença de superioridade ou de ingenuidade.


Convém ressaltar que o racismo nem sempre ocorre de forma explícita. Além disso, existem casos em que a prática do racismo é sustentada pelo aval dos objetos de preconceito na medida em que também se satiriza racialmente e/ou consente a prática racista, de uma forma geral. Muitas vezes o racismo é consequência de uma educação familiar racista e discriminatória.



O racismo é a tendência do pensamento, ou do modo de pensar em que se dá grande importância à noção da existência de raças humanas distintas e superiores umas às outras. Onde existe a convicção de que alguns indivíduos e sua relação entre características físicas hereditárias, e determinados traços de caráter e inteligência ou manifestações culturais, são superiores a outros. O racismo não é uma teoria científica, mas um conjunto de opiniões pré concebidas onde a principal função é valorizar as diferenças biológicas entre os seres humanos, em que alguns acreditam ser superiores aos outros de acordo com sua matriz racial. A crença da existência de raças superiores e inferiores foi utilizada muitas vezes para justificar a escravidão, o domínio de determinados povos por outros, e os genocídeos que ocorreram durante toda a história da humanidade e ao complexo de inferiridade, se sentindo, muitos povos, como sendo inferiores aos europeus.